quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Dia 1 de janeiro, dia mundial da PAZ

Infelizmente continua muito atual a Cantata da Paz,  poema escrito por Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) para a vigília que se seguiu à missa pela paz, celebrada no início do ano de 1969, na igreja de São Domingos, em Lisboa. Destacamos aqui algumas das quadras deste intemporal manifesto dos nossos tempos que foi divulgado, primeiro em folhetos e, mais tarde, incluído no livro Católicos e Política, editado pelo Padre José da Felicidade Alves. Algumas delas foram também musicadas pelo Padre Francisco Fanhais no seu álbum Canção da Cidade Nova.
                   Vemos, ouvimos e lemos    
           Não podemos ignorar
                Vemos, ouvimos e lemos
          Não podemos ignorar

          Nós, o povo de Deus,
          Reunidos imploramos
                    A graça da Paz
                    A graça da paz

                    Vemos, ouvimos e lemos
                    Relatórios da fome
                    O caminho da injustiça
                    A linguagem do terror

                                (,,,)

    Os países inventam
      Bombas e prisões
    A máquina produz
    Perfeitas sujeições 
            E no terceiro mundo
            Nos campos e na rua
            A fome continua
            A fome continua

                         (,,,)

            Nos caminhos da terra
            Os mapas continuam
            De fome e sujeição
            E continua a guerra

           O cântico da flauta
           E a música do banjo
           Não podem apagar
           O concerto dos gritos

           Nada pode apagar
           O concerto dos gritos
           O nosso tempo é tempo
           De pecado organizado

 FELIZ ANO NOVO!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Feliz Natal!

Quando um homem quiser
Tu que dormes a noite na calçada de relento
Numa cama de chuva com lençóis feitos de vento
Tu que tens o Natal da solidão, do sofrimento
És meu irmão amigo
És meu irmão
E tu que dormes só no pesadelo do ciúme
Numa cama de raiva com lençóis feitos de lume
E sofres o Natal da solidão sem um queixume
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher

Tu que inventas ternura e brinquedos para dar
Tu que inventas bonecas e combóios de luar
E mentes ao teu filho por não os poderes comprar
És meu irmão amigo
És meu irmão

E tu que vês na montra a tua fome que eu não sei
Fatias de tristeza em cada alegre bolo-rei
Pões um sabor amargo em cada doce que eu comprei
És meu irmão amigo
És meu irmão

Natal é em Dezembro
Mas em Maio pode ser
Natal é em Setembro
É quando um homem quiser
Natal é quando nasce uma vida a amanhecer
Natal é sempre o fruto que há no ventre da Mulher
 “Quando um homem quiser”. Poema de José Carlos Ary dos Santos (1937-1984)
 (Música: Fernando Tordo – Letra: Ary dos Santos –  Intérprete: Paulo de Carvalho)


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

NO RASTO DE….... Helena Ralha-Simões


Na semana de 1 a 6 de setembro passado, decorreu no Queen’s College da Universidade de Cambridge, em Inglaterra, o I Congresso Internacional de Artes, Comunicações, Ciência e Tecnologia.
 A investigadora do GREI, Doutora Helena Ralha-Simões, foi pessoalmente convidada para este evento pelo Diretor-Geral do International Biographical Centre, mas, por motivos imperiosos, não lhe foi possível estar presente.
Este encontro reuniu oradores de todos os continentes e juntou investigadores de mais de 40 países que aproveitaram a oportunidade para disfrutar de um agradável período de convivência e de aprendizagem.

Conversas com versos

Três gerações de mulheres assinam uma obra clássica e pioneira da poesia infantil. Esta publicação – cujo primeiro lançamento é de 1968 – junta as palavras de Maria Alberta Menéres à música de Eugénia Melo e Castro. As ilustrações ficaram a cargo de Mariana Melo, neta da escritora e filha da cantora.
Esta nova edição da Porto Editora é acompanhada de um álbum – em que participam Ney Matogrosso e Lino Krizz - que inclui 14 poemas e cria 11 novas canções.
O livro foi apresentado na Casa das Artes, no Porto, no passado dia 16 de novembro e, em Lisboa, no dia 23 do mesmo mês, na sala 1 da Fundação Gulbenkian.

Instituto Piaget – Simpósio no polo de Silves

No passado dia 25 de janeiro, o polo de Silves do Instituto Piaget foi palco dum simpósio dedicado aos Cuidados Continuados e Intervenção Multidisciplinar, organizado em parceria com a Associação Portuguesa de Terapeutas Ocupacionais, no qual estiveram presentes a presidente da Câmara de Silves, Rosa Palma, e o presidente da ARS do Algarve, João Moura Reis.
A referida sessão contou ainda com a participação de António Duarte, doutorando em psicologia na Universidade do Algarve, coordenador de terapia ocupacional do Centro Hospitalar do Algarve e colaborador do GREI, o qual, para além de participar na sessão de abertura, falou sobre “As perspetivas dos utentes das Unidades de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação”.

LIVROS DA NOSSA MEMÓRIA: História da Ciência em Portugal


O livro “História da Ciência em Portugal” – publicado em 2013 pela Editora Gradiva sob a chancela Arranha-céus – constitui uma síntese de sete séculos de investigação em Portugal. Esta edição ilustrada inclui uma cronologia e um dicionário dos cientistas portugueses e estrangeiros que passaram pelo nosso país.
A referida obra é da autoria de Carlos Fiolhais, um dos mais conhecidos cientistas e divulgadores de ciência portugueses, razão pela qual lhe foi atribuída pela SIC, em 2004, o Prémio Globo de Ouro em Ciência. Este investigador, tendo nascido em Lisboa em 1956, licenciou-se em física pela Universidade de Coimbra, em 1978 e doutorou-se em física teórica pela Universidade de Frankfurt, em 1982, sendo, desde 2000, professor catedrático na Universidade de Coimbra.
Este ilustre ensaísta foi professor convidado em países como o Brasil e os Estados Unidos, dirigiu o Centro de Física Computacional e a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, tendo também publicado cerca de 40 livros e mais de 140 artigos científicos em revistas internacionais, além de várias centenas de artigos pedagógicos e de formação. Foi ainda o consultor para o programa “Megaciência” da SIC e ganhou, entre outros, o Prémio Rómulo de Carvalho da Universidade de Évora.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

NO RASTO DE….... Francisco Gil


       De 8 de setembro a 10 de outubro de 2014, esteve patente no edifício-sede da EMARP em Portimão uma exposição de fotografia da autoria do investigador do GREI, Prof. Francisco Baptista Gil, subordinada ao tema “Retratos da Índia”. No texto de apresentação deste evento que transcreve palavras de Jean-Claude Carrière – reputado argumentista, ator e realizador francês – pode destacar-se a seguinte frase: “Quem não gosta dos homens não deve ir à Índia. A multidão é aqui a principal paisagem.”
Na exposição estiveram patentes um conjunto de imagens captadas no norte da Índia onde se evidencia a profusão de cores e a diversidade social, registada nos diferentes rostos de gente anónima.
O autor que estudou Artes Plásticas na ESBAP, além da sua atividade docente na Universidade do Algarve, tem participado em diversas mostras individuais e coletivas no âmbito do desenho e fotografia.


Festa do Cinema Francês

Entre 18 de Outubro e 28 de Novembro, decorreu mais uma edição da Festa do Cinema Francês que este ano celebrou o 15º aniversário. Esta iniciativa é uma organização da Embaixada de França, do Institut Français du Portugal e da rede das Alliances Françaises em Portugal.
Depois de ter passado por sete cidades em 2013, este ano foram 18 os concelhos no roteiro, entre os quais Faro e Portimão. A grande novidade deste ano foi a Festa na Aldeia, com a inclusão de ecrãs insufláveis que levaram os filmes franceses a algumas localidades do norte do país. No programa estiveram mais de 20 ante-estreias, uma homenagem ao realizador Alain Resnais, um ciclo dedicado a Marcel Pagnol e vários filmes de animação.



Giordano Bruno: O filósofo errante


O livro “Giordano Bruno: O filósofo errante”, da autoria do investigador do GREI Carlos Marques Simões, mereceu destaque por parte do Prof. Carlos Fiolhais, na coluna Longemira que publicava no Jornal de Letras no ano transato. Foi um entre dez títulos de ciência que o cientista considerou terem sido ignorados no mercado português e que, no seu entender, mereciam leitura.
Esta crónica, posteriormente transcrita no blog De Rerum Natura, refere-se à citada obra – publicada no final de 2011 pela editora Sítio do Livro, sob a chancela Vírgula – como uma pequena biografia sobre o teólogo e filósofo dominicano que, em 1600, foi queimado na fogueira por heresia, na cidade de Roma; é dito ainda que se trata de um trabalho de um professor aposentado da Universidade do Algarve que, na altura, presidia ao Conselho de Fundadores do Instituto Giordano Bruno.

O Mar ao Fundo


Na apresentação do CD O Mar ao Fundo escreve-se: “O Algarve, a que João Lúcio chamou o meu país do sul, é pátria de poetas”. E mais adiante: “Sou algarvio / e a minha rua tem o mar ao fundo escreveu o poeta armacenense António Pereira e talvez nenhum aforismo ilustre melhor este sortilégio. Pois é este mar algarvio que o Infante desafiou, que Gil e Lançarote afrontaram, que deslumbrou Sophia, que hoje inspira este projecto”.
Este interessante trabalho discográfico – que teve a participação entre outros de Tânia Silva – é da autoria de Afonso Dias e foi construído com poesia e música de algarvios, naturais ou adotados  e de amantes do Algarve. O autor e intérprete das canções foi fundador do GAC – Grupo de Acção Cultural – com o qual participou em centenas de espetáculos  entre 1974 e 1977.
A partir de 2001, Afonso Dias colaborou com a Direção Regional de Educação do Algarve numa iniciativa para promoção da poesia nas escolas, da qual resultaram 3 CD's. Desde 2006 que publica  a coleção Selecta com números dedicados a António Gedeão, Sebastião da Gama, Miguel Torga, Natália Correia, Cesário Verde e Fernando Pessoa, aos Poetas da Lusofonia e à Poesia de Cabo Verde.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

NO RASTO DE….... Carlos Marques Simões

No passado mês de Julho, o coordenador do GREI, Carlos Marques Simões, foi convidado a tornar-se membro da American Chemical Society, com sede em Washington, após as necessárias duas nomeações por membros efetivos.
Este convite foi endereçado depois de ter sido nomeado e de ter passado por uma pré-seleção de candidatos dos meios académico, industrial e governamental.
A admissão nesta sociedade, entre outras facilidades e contactos, permite o acesso a todos os recursos da instituição, nomeadamente à assinatura da revista Chemical and Engineering News.
   Depois de recentemente ter aceitado o convite, o Prof. Carlos Marques Simões passou a integrar as divisões técnicas de Chemical Education e de History of Chemistry da ACS.

Lídia Jorge em “Discursos Diretos”


No passado dia 25 de Novembro, a escritora algarvia Lídia Jorge esteve em Loulé, na Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andresen, como convidada para mais uma sessão dos Discursos Diretos, uma iniciativa no âmbito das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril. A premiada romancista e contista foi apresentada pelo Reitor da Universidade do Algarve, Prof. António Branco.
No dia seguinte, a Assembleia Municipal de Loulé votou favoravelmente a aprovação por unanimidade em sessão camarária do voto de congratulação pela atribuição à escritora do Prémio Luso-Espanhol de Arte Cultura 2014.
Lídia Jorge, natural de Boliqueime, no concelho de Loulé, viveu os anos mais conturbados da guerra colonial em África. Mais tarde, foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social e integrou o Conselho Geral da Universidade do Algarve. O seu mais recente romance, “Os memoráveis”, foi publicado em março de 2014. 

Supervisão e Colaboração

Supervisão e Colaboração – uma relação para o desenvolvimento” é o título do mais recente livro da Prof.ª Isabel Alarcão, publicado em coautoria com Bernardo Canha; um lançamento da Porto Editora na coleção NovaCIDInE.
Este estudo de aprofundamento e reflexão sobre os referidos conceitos no contexto educativo está dividido em quatro capítulos e destina-se a todos os que se movem no campo da supervisão, especialmente formadores, professores, enfermeiros, diretores, líderes institucionais e avaliadores.
A Prof.ª Doutora Isabel Alarcão, investigadora sobejamente conhecida no campo educacional, é licenciada pela Universidade de Coimbra, mestre pela Universidade do Texas e doutorada pela Universidade de Liverpool; foi docente da Universidade de Aveiro, onde exerceu os cargos de Reitora e Vice-Reitora, até se aposentar como professora catedrática. O Dr. Bernardo Canha é licenciado pela Universidade de Aveiro, onde também obteve o mestrado em Didática, Formação e Supervisão, sendo atualmente professor do ensino secundário.

OS ROSTOS DO GREI

Rosanna Barros
Professora Adjunta da Universidade do Algarve, entre 2010 e 2013, foi coordenadora da área científica de Educação Social e diretora do curso de Educação Social da ESEC. Atualmente é membro da comissão coordenadora dos mestrados em Educação Social e em Gerontologia Social e integra a Mesa da Assembleia Geral da SPCE – Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação.

Na Universidade de Coimbra, obteve a licenciatura em Antropologia Social e Cultural (1998) e o mestrado em Sociologia do Desenvolvimento e da Transformação Social (2002) sob a orientação do Prof. Boaventura de Sousa Santos. Na mesma universidade, realizou uma pós-graduação em Direitos Humanos e Democratização (2000) e, na Universidade de Sevilha, outra em Educação de Adultos e Desenvolvimento Comunitário (2003). Doutorou-se em Educação pela Universidade do Minho (2009) sob a orientação do Prof. Licínio Lima. 

Investigadora do CIEd – Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho e do CIEO – Centro de Investigação em Espaço e Organizações da Universidade do Algarve. É membro da direção da ESREA – European Society of Research on the Education of Adults. Tem diversos livros e artigos publicados, nacional e internacionalmente, na área da educação de adultos, da educação social e das políticas públicas.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Dar de Vaia – Música Tradicional Portuguesa


No noite do próximo sábado 13 de dezembro irá realizar-se no Club Farense, na capital algarvia, um espetáculo com o grupo Dar de Vaia do qual faz parte o investigador do GREI, Francisco Gil.
O Dar de Vaia resultou da concretização de um projecto que foi ganhando forma em 1981, então chamado de Levante. A partir das recolhas de Lopes Graça, Michel Giacometti, Brigada Vitor Jara, Armando Leça... o grupo tem divulgado as diversas formas da rica música tradicional portuguesa.
A última formação data de 1987, ano em foi gravado um registo em cassete, trabalho que foi depois apresentado em CD no ano de 2000. O grupo voltaria a reunir-se em 2001 e 2013 para atuações esporádicas. Este ano volta a apresentar-se com alguns temas novos no reportório.
Um corridinho algarvio gravado na atuação de 2001

Dia da Universidade do Algarve

Realiza-se no próximo dia 17 de dezembro.no Grande Auditório do Campus de Gambelas, a cerimónia comemorativa do Dia da Universidade do Algarve.
O programa da sessão solene inclui, para além do cortejo académico, o discurso do Presidente do Conselho Geral, Prof. Doutor Luís Magalhães, a entrega do título de professor emérito ao Prof. Doutor Abílio Marques da Silva e ao Prof. Doutor José Ponte, a entrega do Prémio da Universidade do Algarve e a entrega dos diplomas aos novos doutores.
Finalmente, o Prof. Doutor António Feijó proferirá uma Oração de Sapiência, subordinada ao tema “O que quer dizer “liberal” em “educação liberal”, e a sessão encerrará com o discurso do Magnífico Reitor, Prof. Doutor António Branco.

Prémio Luso-Espanhol de Arte Cultura 2014


A escritora algarvia Lídia Jorge venceu por unanimidade o prémio Luso-Espanhol de Arte Cultura 2014, atribuído pelo Ministério da Cultura espanhol e pela Secretaria de Estado da Cultura de Portugal. O anúncio foi feito no passado dia 26 de Novembro pela editora Leya. O júri justificou o galardão pelo papel que a autora de romances como “A costa dos murmúrios” e “O dia dos prodígios” teve para o conhecimento mútuo de ambos os países.
Este prémio, criado em 2006, tem como intenção distinguir a obra de uma individualidade que incremente a cooperação cultural entre os dois países. Entre os últimos vencedores estão o arquiteto Siza Vieira (2010) e o realizador Carlos Saura (2012).
A escritora já recebeu, entre outros, o Prémio PEN Clube, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia e o Prémio Albatros da Fundação Günther Grass. Em 2013, Lídia Jorge foi considerada pela revista francesa Le Magazine Littéraire como uma das “dez grandes vozes da literatura europeia”.

Cadernos do GREI n.º 21

TEORIAS LEIGAS EM PESSOAS IDOSAS: 
Principais desafios na área da saúde e da doença
CLÁUDIA LUÍSA
As teorias leigas – também designadas de senso comum ou ingénuas – constituem marcos de referência que influenciam a percepção e a interpretação da informação relativa aos aspetos sociais e aos pensamentos com eles relacionados. Podem ser aplicadas a diferentes domínios, como é o caso da saúde e da doença, e ser focalizadas junto de populações diversas, nomeadamente o grupo de idosos


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

NO RASTO DE….. Rosanna Barros


No seu livro “Abrindo caminhos para uma educação transformadora”, organizado em conjunto com uma docente brasileira, a investigadora do GREI Prof.ª Rosanna Barros reúne um conjunto de ensaios que refletem sobre a educação no século XXI, em particular como motor para o futuro e para o uso crítico das novas tecnologias.
Depois do lançamento em Lisboa no mês de Dezembro de 2013, esta obra foi apresentada em Madrid no passado mês de Maio, durante o “I Congresso Iberoamericano de Educación Social en Situaciones de Riesgo y Conflicto”.
A publicação foi elogiada pelo Prof. António Nóvoa, antigo reitor da Universidade de Lisboa, que destacou o facto deste livro, a partir de uma pedagogia do diálogo e da autonomia inspirada em Paulo Freire, identificar questões que inquietam os educadores. Já o reitor da Universidade Aberta, Prof. Paulo Dias, evidenciou a problemática apresentada, relacionando-a com a transformação trazida para as escolas através deste cenário de globalização do conhecimento.


Concertos de Natal – Orquestra Clássica do Sul


Para celebrar a época festiva, a Orquestra Clássica do Sul volta a realizar os tradicionais concertos de Natal. Estão marcados espetáculos para o Cineteatro em São Brás de Alportel no dia 18, para a Igreja de São Pedro do Mar em Quarteira no dia 21 e para o Teatro das Figuras em Faro no dia 23. Fora do Algarve, estão também agendados concertos em Alcácer do Sal na Igreja Matriz do Torrão, no dia 19, e, no dia seguinte, no Teatro Cardenio em Ayamonte.
No programa estão incluídos temas natalícios que vão da música sacra aos clássicos da Disney, com passagens por Mozart, Bach, Prokofiev e Irving Berlin, entre outros. Todos estes concertos serão dirigidos pelo maestro associado da Orquestra Clássica do Sul, John Avery.
Fora deste programa, estão ainda programados concertos de música de câmara no sábado, dia 6, na Fortaleza de Sagres e na sexta-feira, dia 12, no Salão Nobre da Misericórdia de Faro, ambos com obras de Beethoven. Finalmente, no sábado, dia 13, a Orquestra Clássica do Sul, sob a direção do maestro Cesário Costa, realiza um concerto, na Igreja Matriz de Altura, com obras de Mozart.

Snoezelen – terapias multissensoriais

No passado dia 2 deste mês, no I Congresso Internacional Direitos Humanos e Escola Inclusiva, foi apresentada por Violeta Oliveira e Sylvie Cherondo uma comunicação sob o título “Snoezelen, caminho para a inclusão”. Assistiu à exposição o coordenador do GREI, Doutor Carlos Marques Simões, que, para além do seu interesse específico, salienta o carácter holístico da referida abordagem terapêutica e pedagógica.
A palavra snoezelen provém do holandês, resultando da contração de snuffelen (cheirar) com doezelen (relaxar/ dormitar); este conceito surgiu nos anos setenta através de dois terapeutas holandeses, Jan Hulsegge e Ad Verheul, no decurso do seu trabalho no Instituto De Hartenburg. Segundo a Fundação Alemã de Snoezelen, esta ideia refere-se a “um ambiente especificamente equipado que transmite aos visitantes um sentimento agradável do processo de auto-regulação [permitindo] a estimulação de intervenções terapêuticas e pedagógicas (…)”.
No próximo dia 16 realizam-se as I Jornadas: Terapias Multissensoriais/ Snoezelen Sensibilização e Informação, no Riviera Hotel em Carcavelos, evento para o qual estão abertas as inscrições e que conta com a participação da Dr.ª M.ª José Cid Rodriguez, presidente da ISNA em Espanha, Dr.ª Mercedes Rodriguez, responsável da Tem Sentidos, Eng.º Carlos Palma, responsável de SISTECnais e Dr.ª Sylvie Cherondo, formadora Snoezelen.

PORTUGAL, PAÍS DE POETAS: António Gedeão

                 

   Lágrima de preta



Encontrei uma preta              Mandei vir os ácidos
que estava a chorar               as bases e os sais
pedi-lhe uma lágrima             as drogas usadas
para a analisar.                      em casos que tais.

Recolhi a lágrima                   Ensaiei a frio
com todo o cuidado               experimentei ao lume
num tubo de ensaio               de todas as vezes
bem esterilizado.                    Deu-me o qu`e costume.
                       
Olhei-a de um lado                Nem sinais de negro
do outro e de frente               nem vestígios de ódio
tinha um ar de gota                água (quase tudo)
muito transparente.                e cloreto de sódio.

                 
                         ANTÓNIO GEDEÃO [Rómulo de Carvalho] - (1906 -1997)
                     (Poema musicado por José Niza e interpretado por Manuel Freire)


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cante Alentejano - Património da Humanidade


Desde ontem, dia 27 de novembro, exatamente três anos depois de Portugal ter celebrado a eleição do fado como Património Imaterial da Humanidade, foi a vez do cante alentejano. A decisão foi tomada de manhã, em Paris, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A candidatura do cante alentejano a esta distinção deu entrada no comité internacional daquela organização no dia 23 de março de 2013, tendo sido considerada exemplar pelo respetivo comité de avaliação. Este trabalho foi fruto do empenhamento do Município de Serpa e dos restantes municípios do Baixo Alentejo, da Comissão de Coordenação Regional do Alentejo, da Direção Regional de Cultura do Alentejo, da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, da Comissão Nacional da UNESCO e dos grupos corais de cantadores e respetivas associações.
Depois do fado e da dieta mediterrânica terem entrado para esta prestigiada lista, surgiu a possibilidade de dar visibilidade internacional ao cante, forma representativa e identitária da cultura alentejana e símbolo da região e da sua comunidade, cujo ganho em termos de dimensão turística não é menosprezável.

Festival Caminhos do Cinema Português


O passado sábado, 22 de novembro, foi a última etapa da XX edição do Festival Caminhos do Cinema Português, que decorreu a partir de dia 14 no Teatro Académico Gil Vicente em Coimbra, onde se apresentaram a concurso 63 filmes de curtas e longas-metragens.
O acontecimento culminou com a Gala de Encerramento para a cerimónia de entrega de prémios, tendo nela atuado a banda “5.ª Punkada” constituída por elementos da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), a qual foi acompanhada pela banda residente “Rags” da Tuna Académica da Universidade de Coimbra. Na sua intervenção, o diretor do festival, Vítor Ferreira, sublinhou que a principal missão deste evento é “mostrar todo o cinema português”.
O documentário "Para-me de repente o pensamento", do realizador e repórter de imagem Jorge Pelicano, venceu o Grande Prémio do Festival. O filme, realizado num centro hospitalar psiquiátrico do Porto, documenta o dia-a-dia dos pacientes e a sua interação com o ator Miguel Borges. 

“Call for articles”


The Journal of Education Research and Behavioural Sciences”, através do e-mail do GREI, solicita artigos de investigação para serem publicados na sua revista mensal de Open Access (Apex International Journal).
São procurados trabalhos em todas as áreas da investigação educacional e das ciências comportamentais, os quais devem corresponder a um dos três seguintes critérios: serem artigos originais de investigação básica e aplicada, constituírem apresentações de estudos de caso ou recensões críticas, ou, ainda, serem formulados sob a forma de sondagens, opiniões, comentários e ensaios.

As instruções aos autores e as linhas mestras a que os artigos devem obedecer estão disponíveis em www.apexjournal.org

I Congresso Internacional: Direitos Humanos e Escola Inclusiva


Na próxima semana – segunda-feira 1 de dezembro e terça-feira 2 de dezembro – realiza-se no anfiteatro 1.3 do Complexo Pedagógico da Penha o I Congresso Internacional Direitos Humanos e Escola Inclusiva, organizado pela Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve.
Do programa destaca-se a Conferência de Abertura: “A inclusão como direito humano emergente: construindo boas práticas” pelo Prof. David Rodrigues da Universidade Portucalense e as Conferências Plenárias: “Utilizando a convenção para promover a mudança social: um programa de investigação-ação”, “Educación inclusiva: la respuesta educativa a la discapacidad visual” e “Inclusión educativa. Una escuela para todos”, sendo as duas últimas proferidas, respetivamente, pela Prof.ª Jerónima Ipland da Universidade de Huelva e pelo Prof. Fernando Peñafiel da Universidade de Granada.
A Comissão Organizadora é constituída pelas docentes da Universidade do Algarve, Prof.ª Maria Leonor Borges, diretora do mestrado em Educação Especial da ESEC, Prof.ª Cláudia Luísa da mesma unidade e Prof.ª Maria Helena Martins da FCHS, que também integram a Comissão Científica, a qual inclui no seu âmbito, para além das duas anteriores, outras investigadoras do GREI, nomeadamente Helena Ralha-Simões e Carolina Silva Sousa. 

sábado, 22 de novembro de 2014

Prémio Leya 2014 – “O meu irmão”

Afonso Reis Cabral foi o vencedor da edição deste ano do prémio Leya. O escritor foi escolhido pela obra “O meu irmão”. Um livro que retrata uma relação invulgar e delicada entre dois irmãos, um deles com Síndroma de Down.

Afonso Reis Cabral, trineto de Eça de Queirós, é, aos 24 anos, o mais jovem vencedor do prémio Leya, no valor de 100 mil euros. O seu livro, publicado por esta editora, já se encontra à venda desde ontem, dia 21 de novembro.


Aprender a aprender

No próximo dia 29 de novembro realiza-se no Auditório do Alto dos Moinhos, em Lisboa, uma jornada de formação em que será apresentado um conjunto de comunicações subordinado ao título em epígrafe.
Esta iniciativa, organizada pelo SEPLEU  Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades, com coordenação do Dr. Rafael Pereira, aborda várias áreas de interesse, entre as quais “o papel dos psicólogos nas escolas em Portugal”, “neuroplasticidade e aprendizagem” e “o papel das funções cognitivas, conativas e executivas na aprendizagem”, tema abordado pelo Prof. Vítor da Fonseca.

Neste evento estará também presente a investigadora do GREI, Doutora Nora Cavaco que, em colaboração com Luís Neves, apresentará uma comunicação sobre “o papel da família nas dificuldades de aprendizagem”.





Portugal, País de Poetas

         
         
         
            Do sentimento trágico da vida


           Não há revolta no homem                 Rebeldia é que põe
que se revolta calçado.                      na nossa mão um punhal
O que nele se revolta                         para vibrar naquela morte
é apenas um bocado                         que nos mata devagar.
que dentro fica agarrado
à tábua da teoria.                               E só depois de informado
                                      só depois de esclarecido
Aquilo que nele mente                       rebelde nu e deitado
e parte em filosofia                             ironia de saber
é porventura a semente                     o que só então se sabe
do fruto que nele nasce                     e não se pode contar.
e a sede não lhe alivia.

Revolta é ter-se nascido
sem descobrir o sentido
do que nos há-de matar.


           NATÁLIA CORREIA (1923-1993)  Apontamentos (5.ª parte)

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Viagens na Blogosfera



                                 O AVALIAQUÊS



A corrente (?) “avaliação” das unidades de investigação do duo FCT/ESF apresenta uma ironia que tem aparentemente passado despercebida mas que se torna por demais evidente à medida que vamos conhecendo mais factos.
Dizia o ministro Nuno Crato antes de o ser, que para se ensinar uma disciplina é necessário sabê-la. Para ensinar química, não chega ser-se um especialista em pedagogia. É necessário, em primeiro lugar e acima de tudo, não só ter conhecimentos sólidos de química, como também saber muito mais do que o que se tem de ensinar.
Ora parece que a FCT e a ESF não são dessa opinião e, debaixo das barbas do ministro, desenvolveram o que, esperando não sermos acusado de plágio, chamaríamos o avaliaquês. Trata-se de uma actividade onde os avaliadores são, aparentemente, especialistas em avaliação, mas percebem muito pouco ou nada do que estão a avaliar.
Extraído do blog “De Rerum Natura”, segunda-feira, 27 de Outubro de 2014