quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

NO RASTO DE….... Rosanna Barros


A investigadora do GREI, Prof.ª Rosanna Barros foi convidada a participar num painel de especialistas em Educação de Adultos, intitulado Re-imaging youth and adult education in the dialogue with Ubuntu: contexts and explorations, que será coordenado pela Prof.ª Sandra Sales do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e pela Prof.ª Jane Paiva da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Rio de Janeiro.
Este painel terá lugar em Washington entre 8 e 13 de março próximo. É realizado no âmbito da Conferência anual do CIES – The Comparative and International Educational Society,  uma organização dedicada a incentivar a compreensão acerca das questões, tendências e políticas educativas interculturais e internacionais.


Monstra 2015 - Festival de Cinema de Animação

O Monstra – Festival de Cinema de Animação de Lisboa, celebra o seu décimo quinto aniversário apresentando várias novidades e incluindo na sua programação deste ano 470 filmes de animação nacionais e estrangeiros.
A Hungria é o país que vai ser homenageado no Monstra 2015, que voltará também a incluir o Monstrinha, em que se apresenta um ciclo de cinema dedicado aos mais novos.
O Festival de Cinema de Animação de Lisboa decorrerá entre os dias 12 e 22 de março, sendo exibido em diversos locais; assim, para além da presença no concelho de Almada, o Monstra 2015 vai também passar por cidades como Santarém, Porto, Coimbra, Gouveia e Portalegre.

Mais informações em http://www.monstrafestival.com



Mercadinho de Primavera

A vila histórica algarvia de Cacela Velha recebe no próximo dia 29 de Março mais um Mercadinho de Primavera, proporcionando uma oportunidade de comprar artesanato, antiguidades, comida tradicional, livros ou brinquedos de madeira, entre outros produtos. Haverá também um espaço, Trocas e Baldrocas, para compra e venda de artigos em segunda mão e, entre as 10h30 e as 17h30, atividades de animação de rua e música para os visitantes.
O Mercadinho de Primavera é organizado pela Câmara Municipal da Vila Real de Santo António, pelo  Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela e pela Associação de Defesa, Reabilitação, Investigação e Promoção do Património Natural e Cultural de Cacela.


LIVROS DA NOSSA MEMÓRIA: O ano da morte de Ricardo Reis


O Ano da morte de Ricardo Reis, considerado um dos melhores livros de José Saramago, situado no ano de 1936, reinventa Fernando Pessoa no sujeito de ficção protagonizado pelo seu heterónimo Ricardo Reis. Num interessante e original enredo, fornece-nos um olhar crítico do contexto histórico da capital portuguesa dos anos trinta, época fortemente marcada pelos constrangimentos do regime salazarista.
José Saramago (1922-2010), que se estreou como romancista em 1947 com Terras do pecado, exerceu diversas atividades profissionais durante o salazarismo, tornando-se membro do Partido Comunista em 1969. A partir de 1976 dedicou-se a tempo inteiro a edificar uma significativa obra literária cuja gradual notoriedade, a partir de 1980 com Levantados do chão, culminou em 1998 com o Prémio Nobel da Literatura.
Esta obra, uma das mais relevantes do autor, que a apresentou na cidade de Faro em 1985 no Círculo Cultural do Algarve – a cuja direção pertencia então o investigador do GREI Carlos Marques Simões –, descreve a última fase deste heterónimo de Fernando Pessoa desde que chega a Lisboa até à sua morte. Esta ideia de Saramago, surgida logo após o seu primeiro êxito literário, não foi no entanto, concretizada de imediato por receio do que os pessoanos poderiam achar de tal “atrevimento”.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Inclusão no Ensino Superior

O Gabinete de Apoio ao Estudante com Necessidades Educativas Especiais da Universidade do Algarve (GAENEE) vai promover um seminário cujo principal objetivo é sensibilizar a comunidade algarvia para a urgência em tornar realidade a inclusão dos estudantes do ensino superior que apresentem qualquer tipo de necessidades a este nível.
Este evento, organizado em conjunto com o Gabinete de Qualidade e com o Gabinete de Comunicação da mesma universidade, terá lugar no Auditório 1.5 do Complexo Pedagógico do Campus da Penha, em Faro na próxima quarta-feira, dia 25 de fevereiro, entre as 14 e as 18 horas.
O GAENEE – que é coordenado pela investigadora do GREI Prof.ª Maria Helena Martins – divulgará, neste seminário, os seus objetivos e as metodologias que tem vindo a seguir para implementar condições específicas necessárias a um efetivo direito à diferença. O programa inclui ainda uma mesa-redonda em que serão equacionados exemplos de boas práticas no ensino superior, sendo finalmente apresentados “Testemunhos na 1.ª voz”, que ilustram algumas das experiências de inclusão já vivenciadas, complementados pela exibição de um vídeo com testemunhos de alunos da Universidade do Algarve. 

ESTE MÊS ACONTECEU… o regicídio em Portugal


Na primeira década do século XX vivia-se um clima de grande tensão em Portugal, visto que o sistema político deixara de ter soluções para os muitos problemas que assolavam o país. Em 1907, D. Carlos, ao decidir entregar o poder a João Franco, permitiu que este o assumisse de forma ditatorial, contribuindo para aumentar a agitação social e a animosidade em relação ao rei. O degredo imposto aos revolucionários republicanos envolvidos na sublevação de 28 de Janeiro de 1908 veio agudizar ainda mais esta situação e pode ter sido o desencadeador do infausto acontecimento que ocorreu.
No dia 1 de Fevereiro de 1908, a família real, ao regressar de Vila Viçosa depois de uma viagem acidentada, desembarcou no Terreiro do Paço tomando uma carruagem aberta que a deveria conduzir ao Paço das Necessidades. Ao chegarem à Rua do Arsenal, um conspirador abateu com dois tiros o rei D. Carlos, tendo outro atirador atingido também mortalmente o príncipe herdeiro D. Luís Filipe; a rainha D. Amélia saiu ilesa mas o jovem infante D. Manuel - que viria a ser o último rei de Portugal – sofreu um ferimento ligeiro num braço. Iniciou-se, assim, a queda da monarquia.

PORTUGAL, PAÍS DE POETAS: Manuel Alegre


                 Soneto
É preciso saber porque se é triste
É preciso dizer esta tristeza
Que nós calamos tantas vezes mas existe
Tão inútil em nós tão portuguesa.

É preciso dizê-la é preciso despi-la
É preciso matá-la perguntando
Porquê esta tristeza como e quando
E porquê tão submissa tão tranquila.

Esta tristeza que nos prende em sua teia
Esta tristeza aranha esta negra tristeza
Que não nos mata nem nos incendeia

Antes em nós semeia esta vileza
E envenena o nascer de qualquer ideia.
É preciso matar esta tristeza.


Manuel Alegre (1936 - )
  Praça da Canção

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

“Call for research articles”


The Global Advanced Research Journal of Medicine and Medical Sciencesé uma revista multidisciplinar com revisão por pares, publicada mensalmente em   http://garj.org/garjmms/index.htm. que tem como principal objetivo aprofundar os saberes entre os vários domínios científicos nesta área, com a finalidade de contribuir para expandir o conhecimento nos domínios que aborda.
  A revista, que acaba de ser incluída na lista das principais publicações com um valor de fator de impacto de 1.185, solicita ao GREI a difusão do seu pedido de envio de manuscritos que cumpram os critérios de excelência e de carácter significativo, propondo-se decidir pela publicação, no prazo de duas semanas de artigos de pesquisa originais, relativos a pesquisa básica ou aplicada, a estudos de caso, a recensões de literatura, a artigos de opinião, a inquéritos, a ensaios ou a comentários críticos, que cumpram tais requisitos.
 As propostas de artigos,  que cumprirão obrigatoriamente as normas que podem ser consultadas pelos autores em:  http://garj.org/garjmms/guide.htm, deverão ser enviadas para: submit.garjmms@globaladvancedresearchjournals.com, sendo a sua aceitação confirmada num prazo de duas semanas.

De Matrix à Bela Adormecida


O Museu do Design e da Moda (MUDE) está a organizar uma retrospetiva do figurinista e cenógrafo António Lagarto, com a designação De Matrix à Bela Adormecida, a qual reúne 190 figurinos, juntamente com desenhos e outros suportes documentais, num total de perto de 300 peças, numa instalação organizada em torno de seis hipotéticos núcleos: Prólogo (Anjo); Introdução (Ficções); Super Heróis; Outras Figuras; Tutus e Elfos; Mitos Contemporâneos; e O Belo e o Efémero.
Esta exposição teve início em 11 de dezembro passado e prolonga-se até ao próximo dia 29 de março. O seu objetivo principal é expor os pontos altos dos mais de 30 anos da carreira de António Lagarto. Este cenógrafo, figurinista e artista plástico, nasceu na Trafaria em 1949 e é autor de uma vasta obra que inclui a fotografia e o cinema, o design, a ilustração e a arquitetura de interior. Escultor de formação e mestre em Environmental Media, António Lagarto iniciou o seu percurso em 1978, ao desenhar o espaço cénico para Ninguém (adaptação de Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett).


Cadernos do GREI n.º 23

DESMISTIFICANDO OS VIDEOJOGOS: 
suporte social e bem-estar subjetivo

BRIGITE MICAELA HENRIQUES
O jogo esteve sempre presente em várias culturas e civilizações. Com as novas tecnologias digitais, o Homem passou a experienciar novas formas de sentir, pensar, agir e interagir, utilizando a máquina (seja o computador, a consola, o telemóvel ou outro tipo de tecnologia) como um meio de comunicação… uma nova maneira de estar na e em sociedade.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Como realizar um projeto de investigação?

Realiza-se amanhã, dia 11 de fevereiro, na Sala de Atos da Universidade de Aveiro, uma sessão de apresentação de um novo software – a aplicação informática web, de apoio ao processo de orientação de trabalhos de pesquisa académica, IARS® (Isabel Alarcão Research Software) – on-line a partir dessa altura, o qual se inspirou no trabalho de Isabel Alarcão, Professora aposentada do Departamento de Educação e antiga reitora da Universidade de Aveiro.
A apresentação deste “orientador virtual” – que pretende responder a questões tais como: De que modo elaborar e executar um projeto de investigação? Como orientar e ser orientado? – conta, entre outras, com a presença dos autores, Dayse Neri de Souza e Francislê Neri de Souza, do Prof. António Moreira,  diretor do Departamento de Educação, da Prof. Nilza Costa, coordenadora do Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores, do reitor da Universidade de Aveiro, Prof. Manuel António Assunção, e de elementos da Pictonio, empresa alojada na incubadora de empresas desta universidade.

Uma Mulher, uma Guitarra

Marta Pereira da Costa, a primeira e única mulher no fado que se dedica profissionalmente à difícil arte de tocar guitarra portuguesa, atuará, ao vivo, num concerto que terá lugar no Teatro Lethes, em Faro, no próximo dia 28 de fevereiro.
Desde que decidiu abraçar a tempo inteiro a carreira musical, Marta tem vindo a ganhar cada vez mais protagonismo no panorama cultural português, na música, em geral, e no fado, em particular. Será pois mais um momento privilegiado para a ver revelar em palco as suas próprias composições e interpretar alguns dos fadistas e músicos que mais a marcaram ao longo da sua ainda curta carreira.
A artista revisitará os grandes nomes da história do fado e da guitarra portuguesa, especialmente os que mais a influenciaram, como Armandinho, José Nunes e Carlos Paredes, mas também aqueles que, como Mário Pacheco e José Fontes Rocha, têm constituído as suas referências contemporâneas, numa viagem entre Lisboa e Coimbra, fados do passado e do presente.  

OS ROSTOS DO GREI: Maria Helena Martins

Maria Helena Martins 
      É atualmente Professora Auxiliar no Departamento de Psicologia e Ciências da Educação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade do Algarve. Colaboradora do GREI desde o início de 2014, integra o Conselho Editorial da OMNIA – Revista Interdisciplinar de Ciências e Artes.
 Licenciou-se em 1991 em Psicologia Educacional pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada, concluindo posteriormente, em 1996, o curso de mestrado em Educação Especial e Reabilitação na Faculdade de Motricidade Humana, Universidade Técnica de Lisboa. Em 2006, obteve o grau de doutoramento em Psicologia, na especialidade de Psicologia Educacional, na universidade onde atualmente leciona.
Entre outras atividades, é atualmente Coordenadora do Gabinete de Apoio ao Estudante com Necessidades Especiais da Universidade do Algarve. Os seus interesses de investigação enquadram-se na área da inclusão e necessidades educativas especiais, da resiliência, da gerontologia e da psicologia positiva.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

NO RASTO DE….... Carla Fonseca Tomás

Desde o passado mês de dezembro que a Prof.ª Carla Fonseca Tomás, investigadora do GREI, está a realizar em Lisboa uma pós-graduação de aperfeiçoamento em Hipnose Clínica e Experimental que se prolongará até julho do presente ano. Esta formação tem como principal objetivo proporcionar a compreensão das teorias, dos procedimentos, da investigação e das atuais utilizações clínicas da hipnose, bem como facultar a aquisição de competências no que concerne às suas aplicações na prática terapêutica.
Trata-se de um curso do Instituto de Formação Avançada da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, que é dirigido pelo Doutor Mário Simões, o qual é um dos maiores especialistas em Portugal neste domínio. Entre os 18 módulos de 7 horas cada que compõem esta pós-graduação, que é oferecida pela sexta vez, estão várias técnicas de hipnose clínica, cuja fundamentação é complementada com demonstrações práticas e exercícios realizados entre os alunos.  

Foral manuelino exibido em Faro

O foral manuelino atribuído à cidade de Faro em 1504 está de regresso à capital algarvia, depois de ter permanecido um século em Coimbra. O documento que, em 1915, tinha sido colocado em exibição no Museu Machado de Castro está agora em exibição no Museu Municipal de Faro.
Faro, uma das mais importantes povoações do Gharb muçulmano, atingiu o seu apogeu no século XII como entreposto comercial entre o Mediterrâneo e o Atlântico. Conquistada em 1249 por D. Afonso III recebeu o seu primeiro foral em 1266, tendo vindo depois, progressivamente, a perder a sua importância inicial, a favor de outras cidades como Tavira e Silves que a suplantaram. O novo foral, outorgado pelo rei D. Manuel I, inclui uma lista de produtos que podem ser transacionados em Faro, bem como os respetivos impostos.
O objetivo da Câmara Municipal de Faro é que este significativo documento, cedido temporariamente à cidade, seja entregue em definitivo ao seu museu municipal. O pedido já teve um parecer positivo por parte da Direção-Geral do Património Cultural e espera agora luz verde do Governo. 

PORTUGUESES ILUSTRES: João Jacinto de Magalhães

Filósofo e cientista, nasceu em Aveiro em 1722. Começou os seus estudos com 11 anos no Colégio da Sapiência em Coimbra, pertencente à Congregação dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, tendo estudado humanidades, grego e latim no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Em 1743 professou com o nome de Frei João da Nossa Senhora do Desterro, tornando-se cónego em 1751. Antes de deixar o país e partir para França, em 1756, testemunhou o terramoto que destruiu Lisboa a 1 de Novembro de 1755.
Em Paris, Magalhães conheceu o médico português Ribeiro Sanches, tendo aprofundado os seus conhecimentos sobre os ideais iluministas. Depois de ter deixado a sua congregação, regressou a Portugal, em 1762 tendo voltado a viajar no ano seguinte, altura em que chegou a Londres, onde fixou residência, tendo vindo a falecer nesta cidade em 1790.

Dedicando-se à física e mecânica, ajudou de modo significativo para o aperfeiçoamento de instrumentos científicos de precisão sendo um dos cientistas que mais contribuiu para o avanço da física no último quartel do século XVIII, tendo mantido correspondência com os maiores vultos da ciência seus contemporâneos, como Lavoisier, Euler, Priestley, Volta e Watt.
Magalhães foi membro das mais prestigiadas sociedades científicas como a Académie Royale des Sciences de Paris, a Academia de S. Petersburgo, a Academia Real das Ciências de Lisboa, a Academia de Madrid e a Royal Society, da qual foi eleito membro em 1774. Como sócio da American Philosophical Society de Filadélfia, fundada em 1743 por Franklin, instituiu, em 1786, o prémio académico mais antigo dos Estados Unidos, conhecido por Magellanic Award.