Filósofo e cientista, nasceu
em Aveiro em 1722. Começou os
seus estudos com 11 anos no Colégio da Sapiência em Coimbra, pertencente à
Congregação dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, tendo estudado humanidades,
grego e latim no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Em 1743 professou com o
nome de Frei João da Nossa Senhora do Desterro, tornando-se cónego em 1751.
Antes de deixar o país e partir para França, em 1756, testemunhou o terramoto
que destruiu Lisboa a 1 de Novembro de 1755.
Em Paris, Magalhães conheceu o médico português Ribeiro Sanches, tendo aprofundado os seus
conhecimentos sobre os ideais iluministas. Depois de ter deixado a sua
congregação, regressou a Portugal, em 1762 tendo voltado a viajar no ano
seguinte, altura em que chegou a Londres, onde fixou residência, tendo vindo a falecer nesta cidade em 1790.
Dedicando-se
à física e mecânica, ajudou de modo significativo para o aperfeiçoamento de
instrumentos científicos de precisão sendo um dos cientistas que mais
contribuiu para o avanço da física no último quartel do século XVIII, tendo
mantido correspondência com os maiores vultos da ciência seus contemporâneos,
como Lavoisier, Euler, Priestley, Volta e Watt.
Magalhães
foi membro das mais prestigiadas sociedades científicas
como a Académie Royale des Sciences de Paris, a Academia de S. Petersburgo, a Academia
Real das Ciências de Lisboa, a Academia de Madrid e a Royal Society, da qual foi eleito membro em
1774. Como sócio da American Philosophical Society
de Filadélfia, fundada em 1743 por Franklin, instituiu, em 1786, o prémio académico
mais antigo dos Estados Unidos, conhecido por Magellanic Award.
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