quinta-feira, 26 de março de 2015

NO RASTO DE …... Maria Helena Martins


Ontem, dia 25 de março, realizou-se pelas 15 horas na Biblioteca Municipal de Faro uma palestra com o título: Saber para crer – uma abordagem da paralisia cerebral, proferida pela investigadora do GREI Prof.ª Maria Helena Martins, docente da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve, que contou também com a presença da fisioterapeuta Dr.ª Elsa Fernandes.
       Este evento foi organizado pelas alunas da licenciatura em Ciências da Educação e da Formação da referida faculdade, estagiárias na Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral, e contou com o apoio das duas instituições mencionadas. O objetivo deste acontecimento visou contribuir para o esclarecimento sobre a temática abordada nas suas vertentes educativa e terapêutica.

Lídia Jorge vence prémio Vergílio Ferreira


Lídia Jorge  foi a vencedora deste ano do Prémio Vergílio Ferreira, instituído pela Universidade de Évora. A escritora foi o nome eleito pelo júri presidido por António Sáez Delgado e que integrava, entre outros, o ensaísta Eduardo Lourenço e o escritor Fernando Pinto do Amaral.

Esta distinção, instituída em 1997 pela Universidade de Évora, destina-se a evidenciar, anualmente, um autor de língua portuguesa cuja obra literária, no seu conjunto, seja considerada particularmente relevante no âmbito da narrativa ou do ensaio.

A ilustre escritora algarvia, reconhecida como uma das dez vozes notáveis da literatura europeia da atualidade, afirmou estar especialmente feliz e muito emocionada com a atribuição deste prémio, dado ter tido uma grande amizade com Vergílio Ferreira.

Este escritor – já homenageado pela Câmara Municipal de Faro que atribuiu o seu nome a uma rua da cidade – foi referido por Lídia Jorge como seu padrinho nos primeiros passos que deu na literatura, reconhecendo, mesmo antes da publicação do romance Dia dos prodígios, a dimensão da futura obra da autora.

PORTUGAL PAÍS DE POETAS: Almeida Garrett


                        Pescador da barca bela

                                    Pescador da barca bela, 
                                 Onde vais pescar com ela,
 
                                           Que é tão bela, 
                                                            Oh pescador? 

     Não vês que a última estrela 
     No céu nublado se vela?
 
  Colhe a vela,
 
   Oh pescador!
 

        Deita o lanço com cautela,
 
         Que a sereia canta bela...
 
  Mas cautela,
 
  Oh pescador!
 

              Não se enrede a rede nela,
 
             Que perdido é remo e vela
 
   Só de vê-la,
 
    Oh pescador! 

       Pescador da barca bela,
 
      Ainda é tempo, foge dela,
 
   Foge dela,
 
  Oh pescador!
 
 

 Almeida Garrett (1799-1854)


quarta-feira, 18 de março de 2015

ESTE MÊS ACONTECEU… Gandhi inicia a marcha para a independência da Índia

No dia 12 de março de 1930 Mahatma Gandhi e vários discípulos iniciaram uma marcha pacífica contra o domínio inglês na Índia. Esta caminhada de quase 400 quilómetros, conhecida como Marcha do Sal, durou 25 dias, engrossando em cada lugar onde paravam para descansar. Na época, os indianos eram obrigados a comprar produtos à Inglaterra, sendo proibidos de extrair o sal no seu próprio país.
Assumindo esta proibição como símbolo do colonialismo, o apóstolo da não-violência propôs-se acabar com o monopólio do Império Britânico sobre o sal, sendo acompanhado por inúmeros seguidores, embora não tenha incitado ninguém a acompanhá-lo, o que impediu as autoridades britânicas de reagir firmemente.
No mês seguinte, chegado à beira-mar, Gandhi apanhou um punhado de sal, sendo este gesto de desobediência civil seguido por milhares de indianos. Face à provocação, os ingleses prenderam mais de 50 mil pessoas, entre eles o próprio Gandhi. Este protesto contagiou a Índia, comovendo a opinião pública de todo o mundo. Um só homem, magro, usando óculos, pregando a resistência pacífica, mobilizou uma grande ação de desobediência civil, sem usar a força, levando à independência da Índia 17 anos depois, rompendo com o colonialismo britânico que durava desde o século XVIII.

Manual de Turismo Acessível

No início do mês passado, foi colocado on-line pela Organização Mundial do Turismo um importante recurso – em inglês e em castelhano –, concebido para orientar os agentes de turismo e melhorar a acessibilidade para os destinos, instalações e serviços em todo o mundo.
O “Manual on Accessible Tourism for All – Public-private partnerships and good practices é a primeira publicação técnica do género que visa contribuir para a criação de circunstâncias de igualdade no âmbito turístico. Para tal, procura providenciar o conhecimento técnico essencial para proporcionar enquadramentos turísticos acessíveis, sejam eles naturais ou edificados para o efeito.
Pretende-se, deste modo, que o acesso universal ao turismo seja uma realidade desenvolvendo atividades e produtos que abranjam uma vasta gama de destinatários com alguma forma de dificuldade, designadamente deficientes visuais, auditivos, e motores, mas também aqueles que apresentem outras situações como dificuldades de aprendizagem, cognitivas, perturbações da fala ou hipersensibilidade à luz, bem como os indivíduos com multideficiências. 

“Banhos Islâmicos” de Loulé


O Campo Arqueológico de Mértola está a dar apoio técnico na recuperação dos Banhos Islâmicos de Loulé. O protocolo de colaboração foi assinado com a respetiva Câmara Municipal algarvia e inclui a consultoria técnica e científica nas áreas da arqueologia, da conservação, do restauro e da museologia.
Desde 2006 que decorrem trabalhos no centro histórico da cidade de Loulé, onde foram descobertos os Banhos Islâmicos, dentro duma habitação adquirida pela autarquia. Nas ruas circundantes da chamada Casa das Bicas foram descobertas novas divisões.
Este protocolo com o Campo Arqueológico de Mértola foi assinado no âmbito das celebrações do vigésimo aniversário do Museu Municipal de Loulé, no quadro de um programa que reúne cerca de meia centena de atividades. 

Cadernos do GREI n.º 24

ENVELHECIMENTO E RESILIÊNCIA:
perspetivas para a reabilitação do idoso
                                                       MARIA HELENA MARTINS

Nas últimas décadas o envelhecimento populacional a nível mundial, aliado ao aumento da prevalência de doenças relacionadas com a idade tem despertado grande interesse pelas suas consequências multidimensionais. Não obstante as adversidades e perdas que se colocam ao idoso, é fundamental que esta etapa seja vivida com maior qualidade e resiliência, constituindo-se como um dos grandes desafios do século XXI.


quarta-feira, 11 de março de 2015

NO RASTO DE …… Maria Helena Martins

No âmbito do Gabinete de Apoio ao Estudante com Necessidades Educativas Especiais (GAENEE) da Universidade do Algarve de que é coordenadora, a investigadora do GREI Prof.ª Maria Helena Martins, promoveu, no passado dia 25 de fevereiro um seminário sobre Inclusão de Estudantes com NEE no Ensino Superior - Construindo e testemunhando histórias de sucesso!
Este seminário pretendeu, essencialmente, dar a conhecer os principais objetivos e a metodologia do GAENEE, no sentido de sensibilizar a comunidade para a importância da inclusão educativa de estudantes com necessidades educativas especiais que atualmente frequentam o ensino superior.
Durante a sessão foi possível assistir a diversas comunicações sobre o tema em destaque, proferidas por docentes de algumas unidades orgânicas da Universidade do Algarve, assim como por psicólogos e outros convidados provenientes de diversas instituições. Também houve um espaço dedicado aos Testemunhos na 1ª voz, em que foram apresentadas algumas histórias de inclusão protagonizados por estudantes com NEE da referida universidade.

Homenagem ao Cante Alentejano


Após 20 anos de carreira como cantor e compositor, o professor Pedro Mestre lançou o seu primeiro disco a solo, Campaniça do despique, uma homenagem ao Cante Alentejano que recentemente foi distinguido como património imaterial da humanidade pela UNESCO. Este disco, editado em fevereiro passado, conta com a participação de vários músicos – incluindo Janita Salomé e António Zambujo – e inclui alguns temas inéditos e outros extraídos do cancioneiro tradicional alentejano.

Pedro Mestre é um dos principais responsáveis pelo surgimento de novas gerações na música tradicional do Alentejo, tendo trabalhado na preservação e salvaguarda da viola campaniça tradicional do Alentejo, onde aprendeu a arte de construir e dedilhar este peculiar instrumento que já levou aos quatro cantos do mundo. 

PORTUGUESES ILUSTRES: Guilhermina Suggia

Guilhermina Suggia (1885-1950)
Guilhermina Suggia, imortalizada em 1923 por Augustus John – enquanto interpretava Bach durante as sessões no atelier – foi uma violoncelista portuguesa notável, reconhecida no seu tempo como uma das melhores do mundo. De ascendência italiana, nasceu no Porto nos finais do século XIX revelando precocemente um imenso talento musical. Apresentou-se pela primeira vez em público aos 7 anos e, seis anos mais tarde, começou a receber lições de Pablo Casals, na altura em Portugal, contratado para tocar no Casino de Espinho durante o verão de 1898.
Tendo-se tornado violoncelista profissional, Guilhermina Suggia foi a primeira mulher a fazer carreira a solo. Uma bolsa de estudo concedida pela Rainha D. Amélia, após ter assistido a uma atuação da jovem, deu-lhe oportunidade de se aperfeiçoar no Conservatório de Leipzig, a mais conceituada escola alemã de violoncelo da sua época. A sua apresentação em 1901, nesta cidade, marcou o início de uma brilhante carreira internacional. Mais tarde, em Paris reencontra Pablo Casals, com quem virá a estabelecer uma relação amorosa, a partir de 1906. Atuando em conjunto até à sua separação em 1913 foram considerados pelo prestigiado jornal britânico The Times como os melhores violoncelistas do mundo.
A vida da violoncelista – que tinha já inspirado uma obra do romancista Mário Cláudio, intitulada precisamente Guilhermina, publicada em 1986 – foi apresentada no início deste mês em França, numa biografia intitulada La Suggia - L'autre violoncelliste da autoria de Henri Gourdin, o qual enquanto escrevia a biografia de Pablo Casals se deparou com aquele invulgar.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Saul Neves de Jesus – Um percurso nas artes visuais

Na passada sexta-feira dia 27 de fevereiro, data em que completou 50 anos, Saul Neves de Jesus, professor catedrático da Universidade do Algarve e membro da comissão científica da OMNIA – Revista Interdisciplinar de Ciências e Artes, inaugurou em Olhão a exposição - Regresso às Origens - numa retrospetiva dos mais de 30 anos da sua produção artística, tendo aproveitado a ocasião para lançar mais um livro de sua autoria, intitulado Construção de um percurso multidisciplinar, integrativo e de síntese nas artes visuais.
O evento teve lugar no Auditório Municipal e reuniu muitos dos amigos, colegas e conterrâneos que têm acompanhado o percurso do autor; este é doutorado em Psicologia da Educação pela Universidade de Coimbra e pós-doutorado em Artes Visuais pela Universidade de Évora, sendo detentor de um vasto currículo académico e científico, com reconhecimento a nível nacional e internacional.
Na data em que perfez meio século de existência, Saul Neves de Jesus resolveu assim honrar a cidade que o viu nascer “regressando às origens”, dando consistência ao seu percurso nas artes visuais com uma mostra das suas produções artísticas, as quais utilizam uma multiplicidade de técnicas, designadamente fotografia, escultura e pintura. 

Rui Massena – primeiro disco a solo

O maestro Rui Massena editou no mês passado o seu primeiro disco a solo, enquanto pianista. “Solo” é o título do álbum que junta 15 peças de piano compostas durante uma residência artística em Alfândega da Fé.
O disco, editado no passado dia 2 de Fevereiro, será apresentado numa digressão nacional com passagem no Centro Cultural de Belém, a 16 de Abril, e pela Casa da Música no Porto, no dia seguinte.
Rui Massena, de 42 anos, que durante vários anos dirigiu a Orquestra Clássica da Madeira, trabalhou com nomes como José Carreras, Wim Mertens, Ivan Lins, Mário Laginha ou Bernardo Sassetti. Foi também o primeiro maestro português a dirigir uma orquestra no Carnegie Hall, em Nova Iorque.

Teatro Lethes – programação para o 1.º semestre

O Teatro Lethes, em Faro, apresentou a programação cultural para o ano de 2015. No primeiro semestre temos uma oferta variada que vai do teatro à música, passando pela dança, e que culmina com mais uma edição do FOME – Festival de Objectos e Marionetas, marcado para o mês de junho.
No âmbito do teatro, entre as peças programadas, destaque para as obras levadas ao palco pela ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve: em março “Os emigrantes” e em abril “Cont(opias)”, para celebrar a Revolução dos Cravos. No mês seguinte, estreia “Um Picasso”, pela Companhia do Teatro de Braga, e a ACTA faz a reposição de “À espera de Godot” de Samuel Beckett.
Também a música toma conta do Teatro Lethes; em março destacam-se dois concertos: “Da opereta ao musical” e “Bonsoir Paris”, um espetáculo de Mila Ferreira de homenagem à música francesa. Em abril, realizam-se as celebrações do Dia Internacional do Jazz, com a participação de vários artistas. Em maio, a 22 e 23, o palco será tomado pelo Festival Internacional de Blues de Faro e, a 31, pela quarta gala da Associação de Fado do Algarve.
Finalmente também há espaço para a dança. A 29 de abril será comemorado o Dia Mundial da Dança e em maio está marcada a apresentação da dança “Libretto”, da autoria de Francisco Lucas Pires e Alma Palácios. 

OS ROSTOS DO GREI: Cláudia Luísa

Cláudia Luísa
É atualmente Professora Adjunta convidada da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, onde tem desempenhado funções docentes desde 2005, nas áreas científicas de psicologia e de educação social.
Licenciou-se em 2001 em Educação e Intervenção Comunitária na Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve tendo também concluído, em 2006, uma licenciatura em psicologia clínica, no Instituto Superior Dom Afonso III, em Loulé. Posteriormente, em 2009, completou o mestrado em Saúde e Qualidade na Universidade de Huelva, em Espanha, tendo-se doutorado nessa universidade, na mesma área, em março do ano passado.
Tem vindo a desenvolver trabalhos de investigação, nas áreas da psicologia e da educação social, os que envolveram tipos de populações diversas, designadamente crianças, idosos, toxicodependentes e adultos em formação.