No dia 12 de março de 1930
Mahatma Gandhi e vários discípulos iniciaram uma marcha pacífica contra o
domínio inglês na Índia. Esta caminhada de quase 400 quilómetros, conhecida
como Marcha do Sal, durou 25 dias, engrossando em cada lugar onde
paravam para descansar. Na época, os indianos eram obrigados a comprar produtos
à Inglaterra, sendo proibidos de extrair o sal no seu próprio país.
Assumindo
esta proibição como símbolo do colonialismo, o apóstolo da não-violência
propôs-se acabar com o monopólio do Império Britânico sobre o sal, sendo acompanhado
por inúmeros seguidores, embora
não tenha incitado
ninguém a acompanhá-lo, o
que impediu as
autoridades britânicas de reagir firmemente.
No mês seguinte,
chegado à beira-mar, Gandhi apanhou um punhado de sal, sendo este gesto de
desobediência civil seguido por milhares de indianos. Face à provocação, os
ingleses prenderam mais de 50 mil pessoas, entre eles o próprio Gandhi. Este
protesto contagiou a Índia, comovendo a opinião pública de todo o mundo. Um só homem,
magro, usando óculos, pregando a resistência pacífica, mobilizou uma grande
ação de desobediência civil, sem usar a força, levando à independência da Índia
17 anos depois, rompendo com o colonialismo britânico que durava desde o século
XVIII.
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