Quando em
Portugal terminava o dia 25 de abril de 1986, ocorreu na República Soviética da
Ucrânia o maior acidente da história da energia nuclear, numa localidade a
cerca de 130 km a norte de Kiev, denominada Chernobyl (cerca da 1h 24m local,
já de dia 26). Este desastre seria divulgado pelas autoridades da então
U.R.S.S. apenas a 28 do mesmo mês quando a Suécia as interpelou sobre as causas
de uma estranha nuvem radioativa.
A catástrofe
iniciou-se quando duas violentas explosões no reator n.º 4 da central nuclear
lançaram chamas a mais de 30 metros de altura, projetando materiais radioativos
incandescentes na atmosfera. Segundo os dados oficiais, o balanço feito em
setembro seguinte registou 31 mortos e 365 feridos hospitalizados e 135 000 habitantes
evacuados da região num raio de 30 km, calculando-se que aproximadamente 6 350
pessoas seriam afetadas por diversos tipos de cancro em resultado das
radiações, sem esquecer que 1 000 km2 de férteis campos
agrícolas se tornariam improdutivos.
Várias áreas
mais distantes ficaram contaminadas, não só nos países limítrofes (Polónia,
Roménia, Bulgária, Hungria e Checoslováquia), mas também em muitos outros
países europeus como, por exemplo, a Itália, a França, a Holanda e a Dinamarca.
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