Raul Proença – um dos intelectuais portugueses do grupo que fundou a revista Seara Nova – nasceu nas Caldas da Rainha a 10 de maio de 1894, tendo vindo a falecer 57 anos mais tarde na cidade do Porto. Formado em Ciências Económicas e Financeiras pelo Instituto Comercial Português, cedo se evidenciou pelo seu pensamento multifacetado, definindo-se filosoficamente como um idealista e um realista, defensor do socialismo democrático no seio de um regime parlamentar. Figura marcante do pensamento político português do início do século XX, destacou-se decisivamente pela intervenção cívica durante a Primeira República, de cujos vícios e corrupção foi um severo e lúcido crítico.
Escritor e
jornalista, foi membro ativo do grupo Renascença Portuguesa a quem se deve
a fundação da Seara Nova em 1921, mas integrou igualmente, entre 1919 e 1926,
o chamado Grupo da Biblioteca Nacional, instituição onde foi chefe dos
serviços técnicos, tendo trabalhado diretamente com Jaime Cortesão quando este a
dirigiu. Entre 1918 e 1919, Proença foi colaborador na revista Pela
Grei, tendo sido também criador do Guia de Portugal.
Opositor da ditadura
militar de 1926, combate esse que ocasionou o seu exílio em Paris, só regressou a Portugal em 1932, sofrendo já
da grave doença que o levaria ao internamento no Hospital psiquiátrico Conde de
Ferreira, onde viria a falecer em maio de 1941.
Sem comentários:
Enviar um comentário