terça-feira, 16 de junho de 2015

Aniversário da Associação ALMARGEM

A ALMARGEM - organização não-governamental de ambiente (ONGA) de âmbito regional, registada na Agência Portuguesa de Ambiente e membro fundador da Confederação Portuguesa de Associações de Defesa do Ambiente celebra este mês o seu 27.º aniversário com um conjunto de atividades que terão lugar em Loulé no próximo sábado, 20 de junho, desde o início ao final do dia, designadamente caminhadas, apresentações de livros e refeições ecológicas.
Os principais objetivos desta associação incluem o estudo e a divulgação do património natural, histórico e cultural do Algarve, os quais procura concretizar mediante a apresentação de propostas concretas para a promoção e valorização de um desenvolvimento local integrado e respeitador da natureza. Nesse sentido, desenvolve um conjunto de ações diversificadas de sensibilização ecológica e cultural, de descoberta e promoção da natureza e do mundo rural, elabora estudos e pareceres técnicos e científicos sobre vários assuntos, procurando igualmente manter uma vigilância e intervenção constantes perante as ameaças e agressões que afetam o ambiente e o património cultural desta região do país.

ABRAKADABRA – Festival de magia em Albufeira

  Entre 19 e 21 de junho irá decorrer na Guia, em Albufeira, no Palácio dos Congressos do Algarve – Herdade dos Salgados – o primeiro festival de magia que durante três dias levará ao palco grandes nomes das artes mágicas que realizarão truques, magia, ilusionismo e performances inesperadas.
 João Blümel, Lanydrack & Faty e Luís de Matos fazem parte do cartaz deste evento que irá surpreender com atuações de cortar a respiração. No primeiro dia, o mentalista João Blümel une os mais tradicionais truques de magia às sofisticadas técnicas da leitura da mente, sem deixar de lado o humor. No dia 20, a dupla Lanydrack & Faty subirá ao palco, com uma companhia inesperada – o seu conjunto de aves exóticas – e, finalmente, no dia 21 encerra o festival o internacional Luís de Matos, um mágico que dispensa apresentações.


PORTUGUESES ILUSTRES: Félix Avelar Brotero

Félix da Silva Avelar nasceu a 25 de novembro de 1744 em Santo Antão do Tojal e morreu em Lisboa em 4 de agosto de 1828. Filho de um médico, aos 19 anos tornou-se capelão cantor na Sé Patriarcal de Lisboa, pois como era filho de uma mãe louca e órfão de pai desde a infância a morte do avô deixou-o sem meios de subsistência. Os conhecimentos adquiridos no Colégio dos Religiosos de Mafra em latim, grego, música e direito canónico permitiram-lhe realizar exames, durante três anos, na Universidade de Coimbra, não concluindo porém a formatura dado que uma reforma passou a proibir o acesso à avaliação sem a respetiva frequência das aulas.
 A Inquisição considerou suspeitas as suas ideias filosóficas e a amizade que mantinha com Filinto Elísio, pelo que emigrou em 1778 para Paris onde, seguindo o uso da época, adotou o apelido Brotero – amante dos mortais. Sobreviveu realizando trabalhos originais e traduções, aproveitando para frequentar diversos cursos e contactar eminentes naturalistas como o conde de Buffon, Cuvier e Lamarck. Doutorou-se na Escola de Medicina de Reims, embora não exercesse essa profissão, regressando a Lisboa em 1790, com Filinto Elísio, após presenciar os acontecimentos iniciais da revolução francesa.
 A sua reputação como cientista – em 1788 publicou o Compêndio de Botânica – mereceu-lhe um lugar de lente na Universidade de Coimbra, onde regeu a recém-criada cadeira de botânica e agricultura, desenvolvendo também o Jardim Botânico de Coimbra. Pertenceu a várias sociedades científicas e escreveu, entre outras obras, a Flora Lusitanica (1804), um marco da botânica e da ciência portuguesa em geral. D. João VI nomeou-o, em 1811, diretor do Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda. Em 1820, foi eleito deputado às Cortes Constituintes pela Estremadura, cargo de que pediu dispensa pouco tempo depois. 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

12.ª edição do Festival MED em Loulé

Entre 25 e 28 de junho terá lugar na zona histórica de Loulé a décima segunda edição do festival MED que celebra a música do mundo, a qual contará este ano com a participação de 42 bandas de 15 países. Este evento presta também homenagem a três elementos da cultura portuguesa, considerados património imaterial da humanidade pela UNESCO – o fado, o cante alentejano e a dieta mediterrânica. Entre as vozes femininas que aí atuarão confirmaram recentemente a sua presença a cantora argelina Aziza Brahim e a portuguesa Cati Freitas, as quais se juntam a outras já antes anunciadas como Raquel Guerreiro, Nneka, Sara Tavares ou Ester Rada.

 Aziza Brahim cujo álbum “Soutak” com influências anglo-europeias contemporâneas, do Mali, Espanha e Cuba ocupou os lugares cimeiros das tabelas europeias de vendas de World Music, em 2014, apresentará este seu trabalho com a participação de músicos de Barcelona e Mali. No dia 26, podemos escutar Cati Freitas que, depois de participações em vários projetos com artistas como Expensive Soul & Jaguar Band, Rui Veloso ou Sara Tavares, se lançou numa carreira a solo, recolhendo múltiplas influências da cena musical contemporânea.

1 de junho - Dia da criança



Na passada segunda-feira foi Dia Mundial da Criança. Nesta época em que, no nosso país, tanto se especula sobre as nefastas consequências da baixa taxa de natalidade, aqui fica uma reflexão para os hipotéticos potenciais futuros pais, numa transcrição de um excerto do Poema Enjoadinho do poeta brasileiro Vinícius de Moraes, extraído da sua Antologia Poética de 1960.


Filhos?  Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

Cadernos do GREI n.º 28

EQUIPAS DE TRABALHO NA SAÚDE:
Contributos para uma análise baseada num modelo sistémico

                                                       NUNO MURCHO

Com este texto procura-se dar uma diferente visão das equipas de trabalho em saúde a partir do modelo de sistemas de cuidados de saúde de Betty Neuman. Conjuga-se conceitos da sistémica familiar numa perspetiva da transdisciplinaridade, visando contribuir para uma melhor compreensão destas equipas nas suas dinâmicas e funcionamento, tendo em conta a sua organização e gestão