terça-feira, 18 de agosto de 2015

ESTE MÊS ACONTECEU… iniciou-se a construção do Muro de Berlim

Desde que em 1949, no rescaldo da derrota germânica na II Guerra Mundial, se constituiu a República Federal da Alemanha (RFA) a partir das três zonas de ocupação ocidentais, a fronteira que a separava da República Democrática Alemã (RDA) foi alvo de proteção; primeiro com o apoio de polícias e guardas fronteiriços e, mais tarde, mediante a colocação de barragens, reforçadas especialmente do lado oriental a pretexto da necessidade de preservar a sua economia planificada e de conter a emigração descontrolada, sobretudo a fim de evitar a “fuga de cérebros” para o ocidente.
Mas vai ser com a intensificação da Guerra Fria que o plano da edificação do Muro de Berlim de início um segredo de Estado começa a ser concretizado por decisão do Partido da Unidade Socialista da Alemanha, apesar das anteriores declarações em contrário do então Presidente do Conselho de Estado da RDA, Walter Ulbricht. Assim, na noite de 12 para 13 agosto de 1961, sem aviso prévio, sob a direção e supervisão da polícia e do exército, começam as obras de uma parte desta barreira que viria a apartar, física e simbolicamente, as duas novas Alemanhas.
Este ícone da Guerra Friae da cisão de um país – que foi sendo reforçado e refeito ao longo dos 28 anos em que se manteve de pé, estendia-se por 45 km de modo a dividir Berlim em duas partes, prolongando-se ainda por mais 115 km. Esta fronteira era também protegida por uma cerca de arame farpado, fios de alarme, trincheiras para impedir a passagem de veículos, mais de 300 torres de vigia e 30 bunkers. Até à sua queda – a 9 de novembro de 1989 – muitas foram os que morreram ou ficaram feridos ao tentar transpor o Muro de Berlim, atingidas pelos guardas ou vítimas da detonação de minas, não sendo fácil fazer uma estimativa exata dos custos humanos dessa constante tentativa de alcançar a miragem de liberdade corporizada pelo acesso ao setor ocidental.

Folkfaro 2015 – músicas e danças de todo o mundo

Sob o tema Aguarela de sons e tradições decorre na capital algarvia, entre 15 e 23 de agosto, o FolkFaro 2015, festival onde confluem as tradições do mundo expressas na música e na dança, o único a sul do Tejo que é certificado pelo CIOFF® – organização internacional com relações formais de consulta com a UNESCO.
Organizado pelo Grupo Folclórico de Faro, com os apoios da Câmara Municipal e do Teatro Municipal de Faro, teve a sua Gala de Abertura no Teatro das Figuras, onde foi dada a oportunidade a grupos dos quatro cantos de mundo de fazerem a sua estreia na principal sala de espetáculos do Algarve. Para além deste evento inicial, os Espetáculos de Folclore Internacional sucedem-se diariamente nas restantes noites, realizando-se este ano no magnífico Largo da Sé, onde terá também lugar, simultaneamente, uma Feira de doces, frutos secos e bebidas regionais.
Constituem também motivos de grande interesse deste festival – um dos pontos altos da animação turística e cultural do Verão algarvio – os ateliers de dança, os desfiles e animações de rua, bem como diversos outros espetáculos nas freguesias de Faro, estando ainda prevista uma celebração ecuménica e programas especiais para crianças, idosos e reclusos.
 

Cadernos do GREI n.º 32

QUEM SOU EU?

 Identidade e imagem do corpo na adolescência

NORA ALMEIDA CAVACO

Reconhecendo a importância da problemática da identidade no decurso da adolescência, evidenciam-se alguns tópicos relacionados com a construção do auto-conceito numa etapa da vida marcada pelas transformações ao nível da imagem do corpo, das relações com as figuras parentais e com os pares, no sentido duma progressiva autonomia e dum assumir dos papéis sexuais na transição para a adultez.


terça-feira, 4 de agosto de 2015

FIESA - Festival Internacional de Escultura em Areia

A Música é o tema da 13ª edição do Festival Internacional de Escultura em Areia que até 20 de outubro deste ano pode ser visitado no concelho de Silves, na localidade algarvia de Pêra. Como tem vindo a suceder há alguns anos, aí está patente o trabalho de um conjunto de escultores de várias nacionalidades, os quais produziram peças originais explorando diversas técnicas de esculpir em areia.
As esculturas, sempre subordinadas a um tema comum pré-definido, destacam-se pela sua qualidade estética e pela sua magnitude, evidenciando um domínio técnico que lhes permite, durante alguns meses, a exposição aos elementos sem qualquer proteção.
Nesta edição de 2015 são apresentadas cerca de cem cenas em areia que retratam músicos e instrumentos, ilustrando culturas musicais de várias partes do mundo. O espaço da exposição oferece também atividades ligadas com a escultura em areia, nomeadamente ateliers e demonstrações sobre as técnicas de esculpir neste material, assim como projeções de vídeos, jogos e concursos relativos às esculturas.

Praia acessível – Praia para todos!

Segundo o Instituto Nacional para a Reabilitação (INR), em 2015 203 praias portuguesas foram consideradas "acessíveis" a deficientes durante a época balnear, no âmbito do programa Praia acessível - Praia para Todos!. Note-se que há dez anos atrás apenas 49 praias mereciam esta designação e que, mesmo relativamente ao ano de 2014, este número representa um crescimento de cerca de 5%. No continente receberam esta classificação 178 praias, nos Açores 14 e na Madeira 11. Do total das praias identificadas como "acessíveis" para deficientes, 35 correspondem a zonas balneares interiores e 168 a zonas costeiras.
Para que esta distinção seja atribuída são condições obrigatórias: acesso pedonal fácil, estacionamento com lugares reservados a pessoas com deficiência, acessibilidade à zona de banhos, passadeiras no areal, instalações sanitárias adaptadas e acessíveis, existência de um posto de socorro acessível e a presença de um nadador-salvador. Além disso – embora isso não constitua um requisito obrigatório – mais de dois terços destas praias disponibilizam ainda equipamentos que facilitam o acesso de pessoas com dificuldades de mobilidade quer ao banho quer ao passeio na praia (cadeiras de rodas, canadianas e andarilhos anfíbios).

Cadernos do GREI n.º 31

IMPLICAÇÕES PSICOLÓGICAS DA CRISE FINANCEIRA
Fatores intervenientes na adaptação a uma situação adversa

ANA MARTINS

A saúde enquanto estado completo de bem-estar físico, mental e social, implica a ausência de doença e a adaptação às circunstâncias de vida do indivíduo. Nos últimos anos, habitantes de diversos países deparam-se com necessidades de adaptação decorrentes das implicações da crise económica, sobressaindo o otimismo como facilitador da adaptação a uma situação adversa e como promotor do bem-estar subjetivo.